Pensado desde a sua gênese como um potente instrumento de valorização da cultura, da história, da memória e do samba, voltado para a integração e valorização de instituições e territórios vizinhos e emblemáticos para a história da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país, o projeto “Estação Primeira de Mangueira: ancestralidade, memória e o poder feminino em sua história” se baseia na busca por uma narrativa ancestral e feminina para e na história da agremiação por meio da oralidade, da documentação e da pesquisa histórica.
O “start” do projeto se marcou pela escolha das pesquisadoras, tanto na Estação Primeira de Mangueira, quanto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). 14 mulheres foram selecionadas. A partir desse primeiro passo, um cronograma de trabalho foi seguido; foram promovidas oficinas de formação acadêmica e técnica, com encontros com pesquisadores e profissionais da área da produção de mídia, foi elaborada uma lista com instituições e acervos públicos e privados a serem consultadas pelas pesquisadoras, foram promovidas as entrevistas com total protagonismo das pesquisadoras, foram inseridos os documentos na plataforma digital, entre outros ajustes e movimentos. Tudo isso com acompanhamento da equipe coordenadora e gestora do projeto, elaboração de relatórios das atividades, promoção de visitas técnicas, orientações, sem esquecer o foco do projeto: potencializar talentos e habilidades das pesquisadoras.
Os encontros de formação permitiram as pesquisadoras uma imersão em temáticas como memória, identidade, cultura popular, cultura histórica, patrimônio histórico material e imaterial, educação antirracista, decolonialidade, interculturalidade, entre outros. As visitas técnicas em grandes instituições, como por exemplo, o Arquivo Nacional, Instituto Moreira Salles-RJ, o Club de Regatas Vasco da Gama, o Clube de Regatas do Flamengo, o Museu do Samba, entre outros, propiciaram também um acúmulo imensurável de conhecimentos e recursos que impactaram e forjaram seus horizontes de expectativas. Além do trabalho intenso e continuo fomentando por uma parceira técnica, de assessoria da equipe do Tainacan (IBRAM). Além de redes instituídas com Centro de Memória do Cacique de Ramos e o Clube Renascença.
Não menos importante, o “botar a mão na massa”, tanto nas pesquisas nos acervos quanto na promoção de entrevistas e depuração do material para o site, efetivou o planejamento inicial do projeto de tornar as pesquisadoras em profissionais do samba, da memória e da cultura popular.
O enredo deste lindo projeto, suas alegorias, fantasias e demais elementos, permitiram aos envolvidos um “desfile” com muitas emoções. Dúvidas, alegrias, angústias, descobertas, desafios, auxílios, mas principalmente, aprendizados e compartilhamentos, marcaram o nosso cortejo. Na apoteose da nossa apresentação, uma certeza: mais um capítulo da história da Estação Primeira de Mangueira foi escrito. E foi escrito por, com e para mulheres. Mulheres de Mangueira, do samba, do Rio de Janeiro, do Brasil, do mundo! Em Mangueira é a mulher que conta e faz a sua história!
Equipe:
Presidenta: Guanayra Firmino
Coordenação: Claudiene Esteves
Museóloga: Emanuele Rosa
Assistente de Coordenação: Renato Moço
Auxiliar Administrativo: Gabriella Neves
Pesquisadoras: Amanda Beatrisse Santos Rosa; Angele Miranda da Silva; Anna Klicia
Cabral Marques; Camila Cristina Leite dos Santos; Claudia Regina Gomes Lima; Emelyn
Bastos da Silva; Gabriela Nogueira Tavares; Joselaine Chaves Martins; Juliana da Silva
Garrido de Souza; Kethelen Andréia Ahmad dos Santos; Larissa Ivie Mendonça de Oliveira;
Luana da Silva Almeida; Maryane Portugal Martins e Tiffany Ramos Santos.
Professores: Leonardo de Queiroz; Renata Moraes e João Gonzales
Parceria: Departamento de História do Brasil da UERJ
Coordenador da Uerj : Daniel Pinha














